quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MÚLTIPLOS OLHARES

TODOS OS BICHOS DE NÊ SANT’ANNA


“SEQUÊNCIA”

Era início de 1995 e eu tinha 28 anos. Recebi por carta o comunicado que havia sido a primeira colocada da categoria poesia do I CLIPP (Concurso Literário de Presidente Prudente). Emoção indescritível. Atos contínuos: entrevistas para jornais, cerimônia de premiação e uma crônica publicada no jornal Oeste Notícias na qual escrevi sobre a ganhadora do primeiro lugar de poesia da categoria infanto-juvenil, uma adolescente chamada Mariângela. Batizei o texto de “A Sequência” e nele pedia mais espaço para escritores e poetas, porque nós somos seres contaminados por uma bactéria que não há antibiótico que a mate. Já disse Ferreira Gullar: “A Arte Existe Porque a Vida não Basta!”
Esse ano recebi via e-mail o comunicado que minha crônica “O Velho Cão” integraria a coletânea do VI CLIPP. Emoção também e muitos flashbacks carregados de pensamentos imperfeitos. Então “volver a los 1995”: a descoberta de estar grávida logo após receber o prêmio literário, a força do poema de Mariângela, os outros prêmios e publicações que conquistei... a Sociedade Amigos da Cultura (SACI) que ajudei a criar e que também promove um concurso de poesias e incentiva escritores com vários projetos...meu filho Gabriel crescendo...a morte de meu pai...e em 2012, na premiação do VI CLIPP só duas certezas: o tempo...é o tempo, mas a batalha por mais espaço para a literatura continua. E essa batalha tem sequência e sempre terá, tanto que na noite da cerimônia de premiação encontrei duas pessoas que exemplificam e personificam essa batalha: uma senhora que se dedica ao incentivo da arte literária há várias décadas em Presidente Prudente e a bibliotecária e assessora de Cultura Sueli que está na organização do CLIPP desde a primeira edição, ambas “infectadas pela mesma bactéria.”
Sequências 2012? Espero que Mariângela ainda escreva poemas e se ler esse texto me mande notícias! A maturidade me trouxe certa paciência para saber “ouvir” a cadência das palavras que são sempre sopradas... No ritmo do tempo.
NOTAS DE RODAPÉ: Procurei a crônica “A Sequência”, mas não consegui encontrá-la, um dia a encontrarei em meus “guardados” e então a compartilharei com vocês. Aliás, o texto “O Velho Cão” também estava perdido e um belo dia, graças ao Tiago, novamente o encontrei. Escrevo essa “crônica recuerdo” num domingo, dia 4 de novembro e enquanto meu filho está prestando o ENEM, eu procuro um recorte de jornal de 1995, ano em que Gabriel só pode conhecer de verdade (apesar de nesse ano já habitar minha barriga) pelas marcas deixadas pelo tempo em forma de notícias, arte, música, literatura e poesia! Como o destino (ou sei lá que nome tenha) é caprichoso, só falta o tema da redação ter alguma relação direta com 1995! Daqui a poucas horas saberei... Porque o tempo... É o tempo.







2 comentários:

  1. E... com o tempo... quando eu ficar grande... Quero compor versos, prosas, poemas, contos, crônicas, pensamentos e tudo mais idem Nê Sant'Anna. Beijos e cheiro do seu "filho", Tiago.

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    1. Você é muito "mais grande", e é pop.beijos. Nê

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