sexta-feira, 30 de novembro de 2012

IEPÊ: Retrospectiva anos 1964 a 1970


Por Geraldo Gilberto Floeter

O  que  vou  falar  agora  é  uma  retrospectiva  de  acontecimentos  nos  quais  tive  participação  em  Iepê,  entre  os  anos  1964  a  1970.  
Algumas  pessoas  que  aqui  se  encontram,  por  serem  muito  jovens,  poderão  agora  se  inteirar  de  alguns  fatos  ocorridos  em  Iepê,  na  época  a  que  me  refiro.   São  acontecimentos  de  mais  de  40  anos  atrás...   Nos  velhos  e  bons  tempos... 
Meus  primeiros  contatos  com  Iepê  se  deram  no  ano  de 1963.   Sou  de  Quatá,  estudava  em  Rancharia,  na  Escola  de  Comércio  e  na  Escola  Normal  e  esporadicamente  vinha   a  Iepê  cuidar  de  interesses  do  meu  pai  que  na  época  tinha   um  ponto  de  vendas  de  revistas  aqui,  na  papelaria  da  Celina.  
No final  de  1962 eu  havia  prestado  concurso  para  o  IBGE  e  quando  fui  chamado,  em  1964,  escolhi  Iepê  por  ser  a  cidade  mais  próxima  de  Quatá,  que   estava  vaga.
Foi  assim  que  assumi  o  cargo  de  Chefe  da  Agência  de  Estatística  do   IBGE,  em  Iepê,  em  18  de  março  de  1964. 
Confesso  que  ao  chegar  para  ficar,  não  tive  uma  boa  impressão  da  cidade.  As  lâmpadas  da  Rua  São  Paulo  quando  acesas  pareciam  tomates.  O  asfalto  só  existia  praticamente na  Rua  São  Paulo.  Começava   na  entrada  de  Iepê,   ia  até  a  Casa  Brasil,  dos  irmãos  Manarim  e  subia  um  quarteirão  na  Rua  Minas  Gerais,   até  a  Casa  Paulista,  dos  irmãos  Battilani.
Nos  dias  de  chuva,  andar  por  Iepê  era  uma  aventura.  No  meio  do  barro  vermelho o  que  me  salvava  era  meu  par  de  galochas.
Fui  me  hospedar  no  Hotel  Central,  do  seu  Antonio  e  seu  inseparável  chapéu  marrom.  O  desconforto  era  total.  O  banheiro  era  uma  casinha  do  lado  de  fora.  Nos  dias  frios  ou  de  chuva  era  uma  dificuldade,  sem  contar  que  os  transeuntes  viam  a  gente  sair  enrolado  na  toalha.
As  refeições  eram  no  bar  do  Oscar,  na  antiga  Rodoviária.  Muitos  aqui  devem  se  lembrar  que  o  sanitário  ficava  no  alto  de  um   barranco.  Se   não era  fácil  chegar  lá,   para  descer,  então?   Nos  dias  chuvosos  se  levava  no  mínimo  uns  bons  escorregões.  Me  lembro  de  ter  caído  sentado  no  barro  numa  dessas  peripécias.

Se  Iepê  não  era  um  modelo de  cidade,   as  pessoas  que  aqui  encontrei  seriam inesquecíveis. 
O  Oscar  Antunes  conheci  em  Rancharia,  era  meu  colega  de  classe  na  Escola  de  Comércio.   Ele  foi  minha  referência ao  chegar  em  Iepê.  
Como  Agente  de  Estatística  do  IBGE,  logo  fui  recebido  pelo  então  prefeito  Edmundo  de  Oliveira  e  no  mesmo  dia  conheci  o  Dito  Moraes,  grande  figura,  secretário  da  prefeitura.  Nos  demos  muito  bem  desde  o  início  e  tanto  ele  quanto  o  prefeito  me  deram  todo  apoio  necessário.
A  primeira  Agência  foi  instalada  nos  fundos  do  Cartório  do  Tuta  e  do  Baslute.  Os  móveis,  que  andavam  dispersos,  foram  resgatados  e  comecei  meu  trabalho.  Um  ano  depois  a  Agência  foi  transferida  para  um  ótimo  prédio,  na  Rua  Sergipe,  onde  hoje  funciona  o Destacamento  da  Polícia  Militar. 
 Com  o  passar  do  tempo fui  fazendo  amizades.  Gostava  muito  de  freqüentar  o  bar  do  Decinho,  Miro  e  Leo,  e  degustar  os  bons  sanduíches  de  bife  na  chapa,  além  dos  bate - papos.   E  por  falar  em  bate-papos,  uma  das  coisas  que  eu  mais  gostava  era  de  conversar  com  algumas  pessoas  fantásticas,  formadoras  de  opinião,  em  Iepê.  Eram  elas:  Quinzinho  Maria,  Dr.  Moacir,  Cida  Sacco, Jorge  Dower,  Da.  Maria  do  Correio,  pessoal  da  Capi  (Roberto  Simões,  Nélson  Hain,  Rubens  de  Barros,   Zequinha  Sereza,  Zé  Ramos),  Leandro  Battilani,  Menocci,  Pastor  Josias,  Nilo  Dower,  Jarbas,  Osvaldinho  Pires,  Herval  e  Arlindo  Barbosa.  Tinha  os  papos  com  os  professores  do  Ginásio,  hoje  Colégio  Estadual  Antonio  de  Almeida  Prado  e  da Escola  Normal:  Prof.  Lomba,  o  meu  compadre  Júlio  Ricci,  as  professoras  Terezinha  do Dr.  Moacir,  Zênia,  Ildinha,  Jurema, Emiliana  e  a  Marilena  Castilho.    O  Edmundo  e  o  Dito  Moraes   também  eram  muito  bons  de  prosa. 
Assim  que  terminei  a  Escola  Normal  em  Rancharia,  fui  dar  aula  na  Água  da  Figueira,   na   propriedade  do  seu  Luiz  Merlim.   Eu  ia  de  bicicleta,  vida  dura.    Logo  depois  comecei  dar  aula  no  Ginásio  e  na  Escola  Normal,  mas o  que  eu  curtia  mesmo  eram  as  aulas  de  Educação  Física.   Alguns  alunos  “fominhas”  como  a  gente  dizia,  iam  me  acordar  às  5:30  da  manhã,  batendo  bola  na calçada.  Não  tinha  jeito, tinha  que  pular  da  cama  mesmo.   Alguns  desses  alunos  eram:  Jurandir  Zanoni,  Bila,  Fayad,  Claudiney,  Ban,  Dito do  Pedroca,  irmãos  Taveira,  Lucas,  Rolim,  Dionísio,  Jorginho  Zago  e  Adiel.  
A  sapataria  do  Trindade  e  do  Batista  era  uma  verdadeira  lagoa.  Lá  se  juntava  a “saparia”.     Tinha   o  Édson,  vinha  o  pessoal  do  Brasul,   Pernambucanas,   Riachuelo,  e  outros.  Vinha  também  gente  de longe,  como  o  seu  Walter  Ferreira.  Todos  querendo  “trocar  figurinhas”  sobre  política,  mas  sobretudo  esportes.
Todos   os  freqüentadores  da  “lagoa”  e  mais  alguns  rapazes  que  estavam  chegando  à  cidade,   em  função  de  seus  cargos  públicos,  amantes  de  esportes, começaram  reclamar  a  falta  de  uma  quadra.
Assim  foi  brotando  a  idéia  que  aos  poucos  tomou  corpo  com  a  animação  de  todos.  E  onde  seria  a  quadra?  Onde  acharíamos  um  terreno?  Surgiu  a  hipótese  de  se  falar  com  o  prefeito  e  reivindicar  um  local.  E  foi  assim  que  o  João  Coletor,  o  Luiz  Castilho,  eu  e  alguns  outros,   fomos  recebidos  no  gabinete  e  conseguimos  o  local  para  a  sonhada  quadra  de  esportes.

No  dia  16  de  julho  de  1964  deu-se  a  nomeação  da  Comissão  Municipal  de  Esportes  de   Iepê  sendo  presidente  o   João  Coletor,  vice- presidente  o  Luiz  Castilho  e  eu     tesoureiro.  A  partir  daquele  dia  colocamos  mãos  a  obra:  rifas  e  bailes,  para  angariar  fundos,  procura  de  planta  (que  viria  de  Quatá),  troca  de  novas  idéias,  ajuda    de  todos  os  componentes  da  Comissão,  só  para  citar  alguns:    Trindade,  Braz  Peres,  Alziro Moreira,  Zequinha  Sereza,  Anísio  Salustiano,  Tico  Garbosa,  Laércio,  Jorge  Cury  e  Geraldo  Manarim.    E  a  construção  demorou  14  meses. 
Finalmente,  em  07  de  setembro  de  1965  foi  inaugurada  a  Quadra  Municipal  de  Esportes, com  a  presença  do    Prefeito  e  de  todas  as  autoridades  de  Iepê.   Eu  já  era  o  presidente,  então,  e  me  lembro  que  meu  discurso  começava  assim:  “Em  nome  da  Comissão  Municipal  de  Esportes  de  Iepê,  venho  neste  momento  histórico,  agradecer  a  todos  os  iepeenses  que,  direta  ou  indiretamente,  colaboraram  para  a  concretização  daquele  maravilhoso  sonho,  hoje  transformado  em  realidade,  que  é  esta  quadra”.
 O  primeiro  campeonato  de  futebol  de  salão,  hoje  futsal,  chamava-se    I Campeonato   Iepeense  de  Futebol  de  Salão  Edmundo  de  Oliveira   e  estava  marcado  para  começar  no  dia  27  de  março  de  1966, porém  uma  chuva  inesperada  adiou  os  jogos  para  o  dia  31.  Os  times  eram  os  seguintes:  ABC,  Brasul,  CAPI,  Carcará,  Caveira,  Escola  Normal, Polícia Militar  e  Riachuelo. 
O  campeonato  foi  sucesso  absoluto  de  público  e  o  vencedor  foi  o  Carcará.  
Em  setembro  de  1966,  formou-se  a  inesquecível  Seleção  de  Futebol  de  Salão  de  Iepê  que   destacou-se  na  região  da  Alta  Sorocabana  e  Norte  do  Paraná  até  1971,  com  mais  de  120  jogos  intermunicipais.   Quem  não  se  lembra  dos  técnicos  Lomba  e  Trindade,  do  massagista  Ulisses,  o  roupeiro  Guedinho  e  os  jogadores  Tico,  Nelsinho,  Nenê,  Branquinha,  Valter,  Aparício,  Chiquinho, Yio,   Roberto  Zago,  Waldemar,  Gentil,  Raimundo,  Osmar,  Cícero,
Teminha  e  Batata  ?
  Devo  destacar  também  que  no  final  de  1966  surgiram  as  primeiras  equipes  de  basquete  masculino  e  feminino  sendo  o  feminino  coordenado pela  professora  Jurema.
 Um  fato  marcante  ocorrido  na  quadra  foi  a  visita  do  Suingue,  jogando  por  Rancharia,  em  outubro  de  1966.   Aconteceram   também   bailes,  desfiles  de  moda,  shows  e  entre  eles  se  destacou  a  apresentação  da  dupla  sertaneja
Tonico  e  Tinoco. 
Gostaria  de  lembrar  alguns  tipos  marcantes  que  passaram  pela  história  da  quadra.  Dentre  eles  Trindade, Anísio,  Alziro,  Inácio, Bráulio, Celso  Alves,  Ataliba,  Dito  Carneiro,  Jorge  Cury,  Adilson,  Jurandir  Zanoni  e  alguns  assíduos  freqüentadores  como:  Nego  Arruda, seu  Carmo alfaiate,  Belarmino (B 12)  e  o  torcedor  mais  barulhento,  seu  Antonio  Cearense.   Uma  imagem  que  ficou  e  me  emociona  ainda  hoje  é  a  do  seu  Eurico  cuidando  da  quadra  com  tanta  satisfação  e  tanto  zelo.  Ele  era  um  exemplo  de  abnegação  e  quando  lhe  oferecemos  a  Medalha  de  Honra  ao  Mérito,  ficou  tão  emocionado  que  quase  nos  fez  chorar  junto com  ele.
 Iepê  já  não  era  mais  a  mesma.   A  quadra,  a  criação  da  Escola  Normal,  a  chegada  da  energia  elétrica,  televisão  e  telefone  causaram  mudanças  no  comportamento  social,  esportivo  e  cultural  dos  iepeenses. 
Acho  que  várias  pessoas  aqui  presentes  participaram  de  uma  ou   duas  excursões   para  o  Rio  de  Janeiro,   comandadas  pelo  seu   Clóvis,  diretor  do  Ginásio.  Foram  acontecimentos  importantes  para  alunos  e  professores porque  na  época  não  era  tão  fácil  viajar.  Ficávamos  alojados  na  Casa  do  Estudante,  perto  dos  Arcos  da  Lapa.  A  gente  tomava  o  trem da  Sorocabana  em  Rancharia,  ia  até  São  Paulo  e  de  lá  pegava o  da  Central  do  Brasil  até  o  Rio.  Era  muito  animado  e  lá  a  gente  andava  a  vontade,  sem  preocupação,  pelo  calçadão  de  Copacabana,  Pão  de  Açúcar,  Corcovado à  noite,  coisa  impensável  nos  dias  atuais. 
Em  Iepê,   naquela  época,  havia  o  também  velho,  feio  e  bom  pavilhão.  A  gente  se  divertiu  bastante  lá,  especialmente  na  época  áurea  dos  BAMBAS.    Eles  causaram  sensação,  animaram  a  vida  noturna  da  cidade.  Ah,  e  tinha  os  elegantes  bailes  de  formatura  com  orquestras  famosas  da  região. 
Outros  acontecimentos  importantes  no  meio  estudantil   foram  os  debates  que  aconteceram  no  Educandário.  Eram  debates  literários  entre  alunos  da  Escola  Normal.  Formavam-se  duas  equipes,  uma  para  defender  e  outra  para  acusar.  O  primeiro  foi  sobre  o  livro  “Marília  de  Dirceu”,  de  Tomás  Antonio  Gonzaga e  os  participantes  foram:  Arlindo,  Selma,  Maura,  Eduardo  Damasceno,  Baslute,  Valda,  Josinete  e  Dálter.
O  segundo  debate  foi  sobre  Rui  Barbosa,  baseado  no  livro  “Um  Piolho  na  Asa  do  Águia”.  de  R.  Magalhães  Jr.    Os  participantes  foram:  Zé  Carlos  Nunes,  Zequinha  Sereza,  Chiquinho,  Aridalton,  Natanael,  João  Vieira,  Celso  Alves  e  o  Paloti. 
E  quem  não  se  lembra  da  reabertura  do   Cine  Iepê,  de  Domingos  Battilani  e  Odilon  Taveira.   Prédio  de  madeira,  tinha  uns  janelões  que  não  ajudavam  muito  nas  noites  de  calor.   Nos  dias  de  chuva,  tínhamos  as  goteiras.  Mas,  como  era  bom.
Eu  fazia  o  programa  mensal  dos  filmes  com  um  pequeno  comentário  sobre  cada  um.  Os  impressos  eram  distribuídos  na  entrada  do  cinema  pelo  porteiro. 
Cheguei  a  fazer  uma  palestra  sobre  a  “História  do  Cinema”,  no  Cine Iepê,  em  maio  de  1967.   Foi  para  alunos  e  professores  do  Ginásio  e  Escola  Normal,  fazia  parte  de  um  círculo  de  palestras  organizado  pelo  então  diretor    Romeu  Belon  Fernandes.  O  Belon,  como  era  conhecido,  foi  uma  figura  marcante  no  meio  estudantil  e  político. 
Como  deixar  de  falar  do  Bar  do  Armando,  das  deliciosas  pizzas  que  só  ele fazia.  Dependendo  do  humor  do  "chef",  comia-se  muito  bem  lá.  Quando  ele experimentava  pratos  novos,  especialmente  os  doces,  oferecia  como  cortesia, com  o  maior  prazer.   Lá  também   sempre  tinha  novidades  eletrônicas. A  primeira   televisão  de  Iepê  foi  do  Armando.   Seu  bar  era  uma  referência na  cidade. 
No  mês  de  junho  aconteciam  as  quermesses  com  as  barraquinhas  de doces,  frango  cheio  no  barracão  e  o  leilão  do  Sampaio.  A  fogueira,  as  músicas no  alto falante  tocando  Carcará,   e    também  músicas  românticas  de  Ray  Conniff,  que os  rapazes  ofereciam  para  suas  namoradas,  e  claro,  tinha  também  o  Correio  Elegante.   A  molecada  ficava  correndo,  brincando  de  pique. 
Por  falar  em  quermesses,  tenho  que  falar  do  Padre  Paulo  que  além  de  ter  feito  coisas  muito  importantes  em  Iepê,  como  a  Gruta  e  o  Educandário  São  João  Batista,  teve  uma  importância  muito  especial  na  minha  vida.  Em  Quatá,  em  25  de  setembro  de  1941,  ele  celebrou  o  casamento  dos  meus  pais.  Em  novembro  de  1942  me  batizou.  Em  Iepê,  em  1966,  celebrou  as  Bodas  de  Prata  dos  meus  pais, que  vieram para  cá  especialmente.  Em  1968  ele  celebrou  meu casamento  e  em  1969  batizou  meu  filho,  Sérgio.    Foi  uma  criatura  fantástica,  o  Padre  Paulo. 
Aqui  a  gente  jogava  na  quadra,  ia  ao  cinema,  dançava  no  pavilhão, mas  tinha  que  dar  duro  também.  Além  de  trabalhar  na  Agência  do  IBGE,  dar  aulas  no  Ginásio  e  na  Escola  Normal,  ainda  tinha  a  Faculdade  de  Direito  à  noite,  em  Presidente  Prudente.  Íamos  toda  noite  na  Kombi  do  Auteliano,  depois  no  Aero Willys  do  Arlindo  Barbosa.   Na  turminha  tinha  o  Oscar,  o  Baslute,  o  Arlindo,  o  Alberto  Taveira ,  o  Orides   e   eu.   Saíamos  por  volta  das  18h00  e  voltávamos   meia  noite  ou  mais.  Nas  viagens  discutíamos  os assuntos  do  momento. 
Iepê  mudou  minha  vida  em  vários  aspectos.  Conheci  aqui  pessoas  maravilhosas,  entre  elas,   SALETE,  aquela  que  viria a  ser  minha  esposa, mãe  dos  meus  filhos.    Nos  casamos  em  1968  e  em   1970  mudamos  para Brasília/DF,  onde  assumi  o  cargo  de  Chefe  da  Unidade  do  IBGE  no  Distrito  Federal. 
Guardo   com  carinho  os  anos  "bem  vividos"  em  Iepê,  cidade  pequena, mas  de  pessoas  inesquecíveis  que  me  marcaram  para  sempre.

Geraldo Gilberto Floeter (e-mail: floeter.vix@terra.com.br)

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Um comentário:

  1. Gostei muito desta historia,Iepe,é minha terra Natal,nasci no casarão onde hj é o Museu.Parabens pela historia.

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