terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nossos Talentos brilham mais uma vez!

O grupo de teatro Centopéia, da Casa da Criança e do Adolescente de Iepê, coordenado por Márcio Dornelles, conquistou dois importantes prêmios, dia 13 de Novembro de 2011, no TERCEIRO FESTIVAL ESTUDANTIL DE TEATRO de Maringá-PR.
O grupo levou dois prêmios: de melhor peça teatral com “A Hora do Conto”, de autoria própria e de atriz protagonista para a aluna Jenifer Marques.
Parabéns a todos e que venham novos trabalhos!

MAIS UM INPALAVRA

TODOS OS BICHOS DE NÊ SANT’ANNA
MAIS UM INPALAVRA:
OBJETOS 4



AQUI...
REPOUSAM OS OSSOS
DE MINHA ANCESTRAL
SEUS OSSOS E SUA HISTÓRIA...
HISTÓRIA SECRETA!


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Iepê divulga os vencedores de seu 5º Prêmio de Poesia


No último dia 26/11, sábado, aconteceu a premiação do 5º Prêmio IEPÊ de Poesia/2011. Durante o evento, que aconteceu ao lado da Prefeitura Municipal, foi lançada a Antologia – 4º Prêmio IEPÊ de Poesia/2009 e após houve show cultural com banda Jet Boys, que conduziu o público por um passeio musical.

Na categoria infanto-juvenil a primeira colocação ficou com Pietra de Oliveira Silva, de Rancharia, com o poema Sentimentos de criança; o segundo colocado foi Tiago Aparecido Correa Passos, de Agicê, com o poema A vida na natureza; e Deborah Luiza Fabrício Pereira, de Iepê, ficou com a terceira colocação com o poema O lugar onde vivo. Na categoria Adulta, Maria Regina de Oliveira, de Iepê, ficou com a primeira colocação com o poema Minha princesa; a segunda colocada foi Taís Vella Cruz, de Rancharia, com o poema Eternas palavras; e o terceiro colocado foi Erasmo Paulo Paz, de Rancharia, com o poema O tempo. Os dez primeiro trabalhos da categoria infanto-juvenil e os doze da categoria adulta, selecionados pelo júri, serão publicados em livro a ser lançado na próxima edição do concurso.

O Prêmio IEPÊ de Poesia, criado com o objetivo de revelar novos poetas, valorizar o gênero poético e incentivar talentos literários, é realizado bianualmente e foi idealizado pela Sociedade Amigos da Cultura de Iepê e pelo Museu de Arqueologia de Iepê, em parceria com a Prefeitura Municipal de Iepê e com a iniciativa privada. Em 2011, o Prêmio está em sua 5ª edição e contou com o apoio financeiro do Ponto de Cultura de Iepê “Nosso povo faz arte desde 205 d.C. e continua fazendo”,  através do Governo de São Paulo - Programa Pontos de Cultura e do Governo Federal - Ministério da Cultura.

Para saber mais acessem o Blog, no endereço eletrônico: www.amigosdaculturadeiepe.blogspot.com

Confira na tabela os classificados:

(Observação: Clique nas imagens para serem ampliadas).

Categoria Infanto-Juvenil:

Categoria Adulta:

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SACI premiará vencedores do concurso de poesia neste sábado


No próximo dia 26/11, sábado, acontecerá a premiação do 5º Prêmio IEPÊ de Poesia/2011, a partir das 21h, ao lado da Prefeitura Municipal, com show da banda Jet Boys. Durante o evento será lançada a Antologia – 4º Prêmio IEPÊ de Poesia/2009.
Serão premiados os três primeiros colocados das duas categorias: infanto-juvenil e adulta com prêmios em dinheiro – que variam entre R$100 e R$ 500 -, publicação em jornal e blog, mais CD e medalhas. Os dez primeiro trabalhos de cada categoria, selecionados pelo júri, serão publicados em livro (Antologia, em 2013).
O evento é realizado bianualmente, idealizado pela Sociedade Amigos da Cultura de Iepê (SACI), Museu de Arqueologia de Iepê (MAI) e iniciativa privada, com apoio da Prefeitura Municipal, tendo como principal objetivo revelar novos poetas, valorizar o gênero poético e incentivar talentos literários.
“Nesta edição é uma realização do Ponto de Cultura de Iepê ‘Nosso povo faz arte desde 205 d. C. e continua fazendo’, apoiado pelo Governo de São Paulo, Programa Pontos de Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal”, enfatiza o coordenador do MAI Paulo Fernando Zaganin Rosa.
Serviço:
5º Prêmio IEPÊ de Poesia/2011
Local: em frente ao Banco do Brasil
Horário: 21h.
Animação: Banda Jet Boys

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011



TODOS OS BICHOS DE NÊ SANT’ANNA

Mais um INPALAVRA pra vocês! Novamente inspirado numa canção de Chico Buarque. Aliás, sou fã do Chico. Gosto de muitos outros compositores e já vi vários shows, mas acho que se tivesse a oportunidade de ver um show do Chico, perderia a compostura e tentaria chegar perto dele, ou ficaria paralisada de emoção ou ainda não chegaria perto para manter essa imagem do mito. Como vocês já perceberam, não sei o que faria, porque poderia escolher me guardar pra quando o carnaval chegar!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Espaço Livre

“O homem precisa de educação!”*

“Educação vem desde o berço;
Não é apenas uma máxima popular...
No planeta inteiro é grande a luta
Pedagógica, para o ser humano se educar...

Observa-se também, que muitos morrem
E nunca apreenderam tudo...
Agora, dizer que isto ou aquilo na
Escola é besteira, isto sim, é o absurdo...

Pois, uma revolução sem evolução será
Sempre a luta perdida...
Hoje, vivemos na era digital e
Muitos não apreenderam nem a escrita...

Infelizmente em todo o ‘mundo’ alguém
Sempre lucra com a ignorância...
Aliás, fica difícil encontrar razões e
O porquê nega-se educação a uma criança...

Nota-se que, independente da cultura,
A natureza traz sempre uma lição...
E em alguns momentos que se vê que
O homem precisa de educação...”
Ser educado é... saber viver!”

O AMOR

O amor é um sentimento lindo
E bom de se praticar...
Transforma muito as pessoas,
Quando elas deixam-se amar...

Os altos e baixos da vida,
Às vezes, traz dor e decepção...
Mas, quando o amor se faz presente,
Intacto fica o coração...

Amar é vital e necessário,
Quando se enfrenta dificuldade...
O amor sempre vencerá a guerra,
Essa é a pura verdade...

Vamos continuar amando
A vida, as pessoas e o planeta...
Ai sim, teremos a certeza que,
Para o amor não existe fronteira...

VIVER BEM É... SABER AMAR.

*SKLOSER, o poeta! 

TODOS OS BICHOS

DE NÊ SANT’ANNA

Queridos leitores, esta semana o cansaço me pegou. Gosto muito de sonhar com tudo, de fantasiar outros mundos e ir passando a borracha e desenhando de novo.
Eu não sou bipolar, sou muito mais que isso, sou tetrapolar... tenho um lado que se multiplica em vários que é só emoção a flor da pele e outros práticos ao extremo, mas temperados com criatividade e inconformismo.
E tenho outro lado que me deixa prostrada e com raiva de ter que fazer as coisas chatas da existência, como cozinhar todos os dias, limpar, organizar armários que teimam em bagunçar de novo etc. O interessante é que a rotina nos mantêm conectados com a existência e ao mesmo tempo nos faz sonhar com um mundo no qual ela seja mais leve.
Então tenho meus sonhos de consumo, idéias maravilhosas que gostaria de vender para as indústrias de eletrodomésticos, vestuário e alimentação. Um dia conto para vocês! Enquanto não fico rica com isso, ponho em prática o que me dá prazer: batucar no teclado do computador!

[UMA CRÔNICA EM FORMA DE POESIA]

ESPETÁCULO (GROTESCO ESPETÁCULO)

O menino,
Agachado feito passarinho acoado
Na caixa d’água alta,
Ameaçava dar o derradeiro vôo,
E embaixo o coro da maioria do povo
(de pescoço espichado):
- PULA! PULA!PULA!

Agitação, correria, aglomeração,
Rotos falando de cerzidos,
Muita curiosidade,
Muita “religiosidade”,
Um ato singular de coragem
E raríssima solidariedade
Para a dor que sangra a alma alheia!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pequenos Prazeres


Acho que já disse num poema que os nossos textos caminham livremente no vento e um dia os encontramos sem aviso prévio. Foi justamente isso que aconteceu com as duas crônicas dessa semana. Escrevi-as no começo dessa década e enviei-as ao jornal Expoente e outros da região. Depois perdi os originais e as publicações. Um mês atrás meu amigo Tiago encontrou-as e pude lamber minha cria no original, em letra de mão. Não fiz uma leitura crítica, me perdoem, fiz uma leitura puramente emocional e me encantei de novo com os textos. São esses pequenos prazeres que me mantém viva!

O velho cão

Nunca mais o encontrei. Nestes dias em que nada faz o menor sentido, voltou-me à memória a sua figura digna: o velho cão. A dignidade do velho cão vira-lata exausto, com uma perna quebrada subindo a rua. A cabeça ia erguida, apesar da dor estampada a cada passo. Na latia, não mendigava comida, não revolvia as latas e os sacos de lixo, apesar de não ter dono, de ser um cachorro de rua.
O velho cão subia a rua íngreme majestosamente, apesar da perna quebrada, apesar da fome estampada nos ossos aparentes. O velho cão ia silencioso, consciente do seu destino, da sua existência que chegava ao fim. Não aparentava amargura, simplesmente caminhava, como se soubesse quais trajetos deveria fazer. Todos os dias parecia percorrer os mesmos lugares, arrastando a perna, mas não arrastando a si mesmo.
Nunca me olhou, talvez pressentisse a angústia que me causava, mas sempre, há mesma hora, subia a minha rua, dignamente, sem a menor pena de si mesmo.
Descobri que algumas pessoas o alimentavam. Ele comia sem estardalhaço e saía mansamente. Alguns pensaram em aliviar seu sofrimento, mas acho que no fundo não tiveram coragem, o velho cão não inspirava piedade, parecia querer subir as velhas ruas até o fim, parecia até sentir prazer em subir as velhas ruas, se despindo dos seus desenhos, seus postes, suas árvores.
Desapareceu naturalmente, como as chuvas, como o sol ao fim do dia. Foi subindo menos as ruas, fomos esquecendo dele, até que não o vimos mais.
Nunca me afeiçoei a animal algum, do velho cão tenho às vezes inveja profunda e o maior exemplo de sabedoria em relação ao tempo, as dores, a dignidade e a própria vida.


Pouso

O velho comunista sentia-se fraco; caminhava meio trôpego, esforçando-se para não desmaiar na calçada. O sol ardia, a roupa pesava, sua cabeça latejava, a fome e a náusea misturavam-se; o desespero e o alívio da morte intercalavam-se a cada passo, a cada respiração difícil, a cada tremor das velhas juntas.
O velho tentava não chorar, tentava recordar-se dos bons dias, dos velhos sonhos, dos livros, das mulheres, das guerrilhas vividas e imaginadas; mas, a cada passo a dor e a tontura aumentavam.
O velho, numa última tentativa de auto-controle, começa a pensar na desgraça de não haver um sistema de saúde eficiente no país; por um momento, sente-se rejuvenescido, tem ímpetos de discursar, energiza-se como por encanto. Mas a dor e a tontura o chacoalhavam; o velho comunista sente-se só, uma sensação de desamparo invade a velha alma, uma revolta sacode a mente controlada, naquele momento o velho queria assistência, bem lá no fundo, o velho sonha com um hospital particular, com uma equipe médica confortando e abreviando-lhe o sofrimento, alguém segurando sua mão...
Naquele instante o velho suspirou por não ter nada, por não ter conseguido ver seus ideais tomarem forma, pelo filho que fugiu...
O velho comunista escorava-se numa árvore em frente ao pronto-socorro, olha a fila imensa, os rostos tristes, pensa em pedir ajuda pensa em suplicar um último momento de alívio, mas desiste. Senta-se na calçada, deixa as lágrimas caírem em profusão, contempla mais uma vez a incoerência a sua volta, não se conforma e chora impotente saldo, o lamento e a revolta de sua vida inteira.
O velho comunista solta um gemido, tosse, a dor e a tontura tomam conta do seu corpo; sente sede, mas contenta-se com a própria saliva; deita-se na calçada suja, sente um último e doloroso espasmo, o alivio das dores e a escuridão trazem paz, o velho simula um sorriso, relaxa o corpo, finalmente inundado por uma sensação de liberdade.