quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dona Laurinda:

uma lutadora de laços, música e fitas



          Mário Lago (ator, poeta, compositor e primo de dona Laurinda) disse: “Fiz um acordo com o tempo, nem eu fujo dele, nem ele me persegue.” Dona Laurinda, com certeza, partilhava desse mesmo acordo, pois viveu intensamente e nunca fugiu do tempo, caminhava com ele e imprimia suas marcas em cada dia.
          Mantinha uma página no Orkut com a mesma desenvoltura com que vendia, há anos atrás, verduras e artesanato por toda cidade. Seus laços e fitas para cabelo eram carregados em uma cesta e ela oferecia-os sempre com um sorriso e uma boa história para contar. Gostava de cantar e com a mesma determinação utilizada para as artes, lutava por suas convicções, movida pela fé em Deus e na vida.
           Talvez os laços simbolizem a vida de Dona Laurinda: laços com a família, com as Igrejas que freqüentou, com a cidade. Até o fim ela nunca se acomodou, sempre colaborando conosco ao relatar suas histórias e assim tecendo mais laços, caminhou com o seu eterno sorriso para a eternidade. Uma de suas últimas e sábias frases foi: ”Já estou com as malas prontas, já cumpri minha missão e estou pronta para ir ao encontro de Jesus.”
          Dona Laurinda viveu e morreu sem medo. Uma das últimas frases dita por seu primo Mário Lago, aos 89 anos, sintetiza seu generoso legado: "Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência. Não tenho frustrações, porque vivi como em um espetáculo. Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile."

         
Homenagem da Sociedade Amigos da Cultura de Iepê, Museu de Arqueologia de Iepê, Ponto de Cultura de Iepê e Museu Histórico da Igreja Presbiteriana de Iepê.

Um comentário:

  1. Evaldo Rodrigues de Castilho15 de setembro de 2013 às 19:32

    Estive na casa deste Sr. M. do Lago q já era conhecido d meus pais: não sei precisar bem o lugar mas era bem pertinho de IEPÊ, penso que era uma chácara; estava eu na varanda de sua casa, agente era bem pequeno tinha lá meus 7anos ,+ ou - e ai vi uma lata entre varias outras coisas guardadas ali; curioso como toda criança, perguntei a ele o que havia na lata de tampa bem fechada; ai ele pegou abriu, e me mostrou uma grande quantidades de moedas antigas, muito antigas! E só agora no,( 21/1/ 2012) q voltei p/ ver d passagem,a minha cidade natal; q a 57 anos ñ via, é esta a lembrança q tenho do Mario do Lago;

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