Tempos
de menino
Vale
o velho clichê: nunca julgue o livro pela capa. Ok! Porém o que me chamou
atenção – a priori – foi exatamente a capa. Dois piões a rodopiarem ou um pião
e sua sombra a rodopiarem, em tom de esperança – verde.
Um
título sugestivo totalmente interligado com toda a diagramação da capa
(Parabéns: Gledson Zifssak – que assina o projeto gráfico e capa do livro em
questão).
Li a
contra-capa, as orelhas, toda ficha editorial, o sumário... e, como já previa
José Batista de Sales – o autor – na página 99, foi saltando páginas que
iniciei minha curiosa leitura do livro Dias de
meus dias: tempos de menino. (Assossiação Núcleo Editorial Proleitura –
ANEP, 2013. Este livro pode ser adquirido no Ponto de Cultura de Iepê por R$
15).
Mergulhei
em imaginação ao criar na mente a descrição de como era o “Bar do Armando”
(pág. 41), pois hoje conheço o local e antes de ser uma pizzaria abrigou o
“Espaço Cultural ‘Armando Cavichiolli”. Tive o privilégio de trabalhar no
Espaço com a grande amiga Maria Bernadete (Dete do Robertão). Boas recordações
das quais poderiam render boas histórias para um livro de memórias.
Fugir
do tom saudosista em livros de memórias deve-se exigir muita transpiração do
autor e um distanciamento do pessoal e profissional. Sales consegue isso!
Conheci
o Sales na correria do dia a dia, no Ponto de Cultura de Iepê, em uma tarde de
quinta-feira. Trocamos meias palavras. Eu nem tinha conhecimento que ele era o
autor. Ele estava lá para conversar com o Paulo Fernando e a Nê Sant’Anna. Foi
melhor assim! Agora não me sinto na obrigação de rasgar seda ou disparar
trilhões de elogios por conta de conhecer o autor.
Sinto-me
livre para a leitura. Também escrevo livremente, pois a mim não foi feita
nenhuma encomenda de crítica ou resenha. Escrevo pelo simples fato de auxiliar
a disseminar a literatura e o hábito pela leitura.
Ao
contrário do autor (“Lembrança de leitura”, pág. 33) não me recordo qual foi o primeiro livro que li etc. etc. Falha-me a memória e não tenho intenção de
forçá-la para tal atividade.
[Enfim,
nesse momento tenho a liberdade de abandonar este texto para retomar a leitura
do livro e só depois concluir este pensamento.]
Ironicamente
retomo a leitura do livro do Saulo, à luz de velas, em uma noite de
segunda-feira chuvosa e sem energia (“Luz elétrica”, pág. 21). Os contos
permitem que eu transite de um para o outro aleatoriamente sem me prender a uma
cronologia.
Por
fim, vale a pena conferir o trabalho do Saulo. Caso, querido/a leitor/a,
não deseje – no momento – ou esteja desprovido/a financeiramente para aquisição
da obra vá ao Ponto de Cultura de Iepê, sito a Rua Goiás, 364, Centro; para
conhecer o livro e o espaço. Boa leitura! [Tiago Nascimento, especialmente para Amigos da Cultura de Iepê]
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