Exposições


8ª Primavera dos Museus
















6ª Primavera dos Museus



Exposição:



"Jubileu de 75 anos da Paróquia São João Batista de Iepê:
Caminhando e evangelizando para uma Cultura de Paz"




Por volta de 1917, a Companhia Brasileira de Colonização doou à Cúria Diocesana de Botucatu, 10 alqueires de terras de cultura, localizados na Fazenda Patos, no então município de Conceição de Monte Alegre. Ali, logo foi levantada uma Capela de madeira, que ficou sob a jurisdição do Padre Joaquim Faria, pároco de Conceição de Monte Alegre naquele período. O local começou a receber seus primeiros moradores e a povoação recebeu o nome de São Roque da Boa Esperança.
Em 1923, os presbiterianos independentes Chico Maria e Antonio de Almeida Prado fundaram um novo Patrimônio, nas proximidades do córrego dos Patos. Este novo povoado, que recebeu o nome de Liberdade, foi concebido e nasceu para ser uma “terra para todos”, na qual todas as ideologias, os partidos políticos, as raças e os credos religiosos fossem respeitados e seus moradores tivessem os direitos assegurados.
O ecumenismo e a busca contínua pelo ideal de uma cultura de paz, se fizeram ainda mais marcantes quando o presbiteriano independente Antonio de Almeida Prado dou à Cúria Diocesana de Assis, um terreno de 800 metros quadrados, para a construção de uma capela católica no novo povoado, conforme escritura lavrada em Paraguaçu Paulista, no dia 25/11/1926.
No ano de 1927, enquanto o Patrimônio de Liberdade passa a ser Distrito de Paz com o nome de Iepê, que na língua tupi-guarani expressa esse mesmo sentimento de liberdade, foi construído o primeiro templo de madeira, no terreno recém-doado. Neste período Iepê torna-se Capela de Maracaí e recebe assistência religiosa daquela freguesia, com destaque para os padres Antonio Carlos Dietz e Antonio Cesar Brandão.


Em meados da década de 1930, tem início um nova empreitada: elevar a Capela de Iepê à condição de Paróquia. Para tanto, foi constituída uma comissão que muito batalhou para ver esse sonho realizado.


Finalmente, aos 27/09/1937 foi criada em Iepê a Paróquia São João Batista, cuja denominação foi sugerida pelo Sr. André Garbosa. Sua instalação aconteceu no dia 03 de outubro, quando chegou a cavalo, vindo de Maracaí, o seu primeiro pároco, o Padre Francisco Xavier Penzkofer, que tomou posse às 8h00 daquele mesmo dia, sob uma forte tempestade que caía sobre a cidade. Recém chegado de sua Alemanha natal, mal falando e entendendo a língua portuguesa, desconhecendo os hábitos e costumes locais, tão diversos de sua terra longínqua, Padre Francisco vem para cumprir o ideal jurado na profissão de sua fé: “Servir a Deus e ao próximo, por amor a ambos.”

Padre Francisco lutou nos primórdios desta nova comunidade cristã, brava e honestamente, mas, segundo relatos, poucos sabiam disso, porque ele lutava em silêncio, procurando ressaltar a obra e não o obreiro.

Em 1940, mesmo contrariado por muitos paroquianos, aferrados à tradição, que não queriam a mudança do templo para outro local, Padre Francisco adquire aos 28/12/1940 o terreno para o novo templo de alvenaria, cuja construção teve início no dia 14/03/1941.
Diante da imponência desta obra, mesmo os que inicialmente eram contra, passaram a apoiar o projeto. Trazendo o templo para a parte superior da cidade, que crescia cada vez mais, o Padre Francisco, que já era então chamado “Padre Chico”, passou a ser amado e respeitado por todos. Movidos pelo ideal ecumênico, diversos presbiterianos independentes cooperaram para a tão desafiadora e corajosa empreitada do Padre Francisco, assim como muitos fiéis católicos haviam colaborado para a construção do grandioso Templo da Igreja Presbiteriana Independente de Iepê, inaugurado em 1940. Esses fatos demonstram que os ideais presentes na fundação de nossa cidade foram assimilados e estavam sendo cultivados ao longo dos anos.
No dia 24/06/1943, dia do padroeiro São João Batista, o novo templo recebeu a bênção inaugural, embora não estivesse totalmente acabado. O Padre Francisco trabalhou na paróquia ainda por vários anos, até 28/07/1954, cumprindo seu legado de primeiro propulsor desta Paróquia.
Até o ano de 1997, todos os párocos responsáveis pela Paróquia foram da Congregação da Sociedade do Apostolado Católico – Palotinos: Pe. Francisco Xavier Penzkofer (de 03/10/1937 a 28/07/1954); Pe. Carlos Schultz (de 29/07/1954 a 07/04/1956); Pe. João Eckstein (de 08/04/1956 a 26/04/1958); Pe. Paulo Carlos Kuhn (de 27/04/1958 a 07/02/1971); Pe. Conrado Scherer (de 08/04/1971 a 17/02/1984); Pe. Antonio Ferreira Naves (de 18/02/1984 a 21/02/1986); Pe. Agenor Cavarçan (de 22/02/1986 a 22/09/1997).
É importante ressaltar que nesse período surgiram alguns movimentos, que duraram por várias décadas, como a Congregação Mariana, as Filhas de Maria, a Cruzada Eucarística, o Amor Exigente, Grupos de Jovens, entre outros.
 Por iniciativa do Padre Paulo Carlos Kuhn, foi construída a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, inaugurada no dia 07/12/1958, às 7h00, com missa solene celebrada pelo Bispo Dom José Lázaro Neves. Em seguida ocorreu a primeira bênção de veículos de Iepê, que tornou-se uma tradição e acontece, ainda hoje, todos os anos.
Outras obras importantes feitas pelo Padre Paulo foram: a ampliação da Igreja Matriz (partes novas) em 1958 e a construção do Educandário São João Batista em 1962 que, no ano seguinte, recebeu as Irmãs Pastorinhas, que chegaram em Iepê no dia 15/09/1963, vindas para executar trabalhos religiosos e lecionar nos ensinos fundamental e profissionalizante. Permaneceram em Iepê até o ano de 1985.
Foi também o Padre Paulo quem iniciou em 1970 a construção do Salão Nobre, obra esta concluída em 1972 pelo Padre Conrado Scherer. Padre Conrado foi o responsável também por algumas adequações no espaço físico da Igreja Matriz: removeu os altares central e laterais, elevou a torre, com o objetivo de subir o relógio que anteriormente ficava junto aos sinos.
Outra obra importante para a Paróquia e para a comunidade iepeense, foi a construção em 1990, pelo Padre Agenor Cavarçan, de um grandioso Salão Paroquial, em substituição ao antigo Barracão de Festas, de madeira, construído na década de 1950, pelo Padre Carlos Schultz.
A partir de 1997, a Paróquia São João Batista foi entregue a Diocese de Assis e os padres responsáveis por ela passaram a ser Diocesanos. Aos 23/09/1997 tomou posse o Padre Oldeir José Galdino, que permaneceu até 31/12/2007. Tão logo chegou, tratou da instalação da Rádio Comunitária Shalom FM, que perdura até hoje.
Em 1998, um grupo de 12 jovens da Paróquia de Iepê, com apoio do Padre Oldeir, foram capacitados em Assis, para iniciar um trabalho de evangelização, através de Acampamentos, que atendessem todas as faixas etárias. O primeiro Acampamento (Juvenil), aconteceu de 07 a 12/10/1998, no Centro de Formação Bom Jesus, no Patrimônio do Campo, que foi adequado para esse fim.
Em 1999, por iniciativa do Padre Oldeir, chegaram a Iepê as Irmãs da Copiosa Redenção, para trabalhar em diversas Pastorais da Paróquia. Ao lado da residência dessas Irmãs, no Educandário São João Batista, foi inaugurada a Capela de Santa Terezinha do Menino Jesus, patrona da Copiosa Redenção. A Paróquia contou com o fervoroso trabalho das Irmãs Copiosas até 2006.
Na década de 2000, foram construídas pelo Padre Oldeir as Capelas de Nantes, Santa Luzia na Vila Paraná e de Nossa Senhora de Fátima no Jardim São Jorge. Ele deu início também a construção da Capela Nossa Senhora Aparecida, na Vila Dower, que foi finalizada e inaugurada por seu sucessor, Padre José David Espessotti.
Diversas outras Capelas, construídas ao longo dos anos, são ainda atendidas pela Paróquia: São Sebastião de Nantes, São Benedito de Gardênia, Nossa Senhora Aparecida do Bairro Ribeirão Bonito, São Roque do Bairro de mesmo nome, São Vicente de Paula do Asilo, Santa Terezinha do Menino Jesus da família Castilho e São Bom Jesus do Patrimônio do Campo.
Atualmente, a Paróquia São João Batista está dividida em 21 setores, incluindo a zona rural. Conta com os Movimentos do Apostolado da Oração, da Legião de Maria, dos Vicentinos, da Renovação Carismática Católica, dos Missionários de Santa Terezinha, das Capelinhas, dos Acampamentos, Fé e Luz e Escola de Evangelização Santo André. Conta também com as Pastorais do Batismo, da Catequese, do Dízimo, do Canto, da Liturgia, dos Ministros Extraordinários da Eucaristia e das Exéquias, da Família, da Criança, da Juventude, dos Coroinhas e Acólitos e Pastoral Vocacional.



De Iepê saíram diversas vocações sacerdotais: Padre Francisco Pio Dantas, Frei Eduardo Quirino de Oliveira, Padre Dair de Souza (Dom Bento), Padre Vicente de Paula Gomes, Padre Luiz Alves de Araújo, Padre Antonio Carlos Gerolomo, Padre Olívio Geronimo Filho, Padre José Joaquim Damásio Neto e Padre Eduardo Andrade de Moraes.
Foram despertadas também muitas vocações religiosas: Irmã Eva Emerenciana da Silva, Irmã Inês Cândida da Silva, Irmãs Ana Maria e Maria Conceição de Paiva, Irmãs Nadir e Cláudia de Souza, Irmã Dirce Fialho, Irmãs Maria Helena e Antonia de Pádua, Irmã Luiza Zago e Irmã Micheli da Silva Santos.
Também colaboraram com a Paróquia diversos Vigários: Padre José Schindler, Padre Matheus Hepkommep, Padre Alfredo Koeplen, Padre Darci Aparecido Cardoso, Padre Antonio Carlos Golfetti, Padre Clóvis Alves da Silva, Padre José Geraldo da Fonseca, Padre José Donizetti de Oliveira, Padre Claudio Correa de Moraes Abreu, Padre Marcelo Martins Barreto, Padre José Martins Cardoso, Padre Aldivino Evangelista da Silva e Padre Marcos Antonio Damasceno (in memorian).
Setenta anos após a fundação da Paróquia São João Batista, tomou posse o atual Pároco, Padre José David Espessotti, aos 03/01/2008. Assim como o Padre Francisco, Padre José David também vem predestinado à missão de evangelizar e promover os ideais ecumênicos e de uma cultura de paz, que marcam a fundação de Iepê e o espírito cristão.
Movido pelo mesmo ideal legado por Jesus Cristo de propagar o Evangelho a toda criatura, em julho de 2011, o Padre José David lançou o Projeto Minha Paróquia Minha Vida, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção da Capela do Santíssimo e para a troca do piso da Igreja Matriz e, desta forma, prepará-la para o Jubileu de 75 anos da Paróquia.
Desafios não são fáceis. Padre David, assim como o pioneiro Padre Francisco, enfrentou resistência de alguns quando iniciou a campanha para reforma do Templo. Porém, inspirados no exemplo do Padroeiro João Batista, que sofreu até as últimas consequências pelo ideal cristão, ambos persistiram e obtiveram êxito em seus propósitos.
A palavra “jubileu” vem do verbo hebraico yovel, que significa “trazer de volta”. Portanto, o Jubileu da Paróquia São João Batista de Iepê, deve ser um período festivo, mas também de reflexão, para que os caminhos de evangelização, rumo a uma cultura de paz, que inspiraram e inspiram, ainda hoje, essa profícua caminhada de 75 anos, continuem sendo trilhados.

Nê Sant`Anna e Paulo Fernando Zaganin Rosa a partir de relatos orais; Livro Iepê, Minha amada e querida, de José Candido da Silva Filho; Acervo documental histórico do Museu de Arqueologia de Iepê e do Museu Histórico da Igreja Presbiteriana Independente de Iepê e informações fornecidas pela Secretaria da Paróquia São João Batista.










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10ª Semana Nacional de Museus
Tema: Museus em um mundo em transformação: novos desafios, novas inspirações

Exposição:

"Mundo fantástico: bate no ritmo veloz da comunicação"






InPalavras!


InPalavras! : Essa Expressão Artística traduz o tema da 10ª Semana Nacional de Museus. São novas inspirações e propiciam reflexões sobre as transformações e desafios desse nosso Mundo Fantástico que Bate no Ritmo Veloz da Comunicação.



Mulher Nua



"Objetos carregam histórias...
guardam a memória do tempo"



"Santo Reis aqui chegou..."



          Além dessa exposição virtual confira no Museu Histórico da Igreja Presbiteriana Independente de Iepê, a rua Minas Gerais, s/nº, Centro. De 14 a 31 de maio, nos seguintes dias e horários: segundas e quartas das 13h30 às 15h40; terças e quintas das 9h00 às 11h00 e das 16h00 às 17h30.
          No Museu você poderá apreciar as exposições: "InPalavras" e "Objetos carregam histórias".





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