TODOS OS BICHOS (concretos ou não) e POEMAS DE NÊ SANT’ANNA
INSIGHT: Sobre Sílabas e Marteladas Poéticas Concretas
Fui procurar em uma Antologia Literária alguns textos de autores brasileiros para meu filho que está naquela fase de vestibular (ô coisa chata! O vestibular NÃO a Literatura). Deparei-me com duas “coisas”: Décio Pignatari – que morreu há poucos dias- e um poema que escrevi quando era estudante.
Sobre Décio Pignatari o texto diz: “É um artista tomado pelo que poderíamos chamar Inquietação Semiótica... preocupa-se com as pesquisas de novos códigos... sua experiência de poeta concreto... a própria poesia concreta recebeu influências da e tem influenciado a estrutura da propaganda...” Disso tudo, me bateu a palavra Inquietação. Acho que poetas sonham às vezes, com um campo verde, mas a cabeça não deixa, não permite a quietude, as palavras martelam e exigem a ação da caneta. “COCA COLA” de Décio Pignatari me bateu no ritmo desse martelar constante:
Beba coca cola
Babe cola
Beba coca
Babe cola caco
Caco
Cola
Cloaca
Martelou e escrevi para Décio Pignatari, que com certeza nos influenciou na criação da Expressão Artística InPALAVRAS!
“ “ R T E
M O “ T E I R O
C E R T E “ “ “
T E M O R
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Agora o “Poema que dormia no livro”
Em cada canto
Lembrança
Vida
Em toda vida
Sonhos
Esperança
Em cada esperança
Sangue
Suor
Em cada gota
Cai
Poesia
Ponto Final da Coluna de Hoje:
Para os curiosos: não tenho a mais remota lembrança do que me martelava quando escrevi esse poema. Para os Sertanejos Universitários e afins: gostaram do “monte” de sílabas TE? Antes que briguem, como já cantou Caetano:
VIVA A BOSSA SA SA
VIVA A PALHOÇA ÇA ÇA ÇA ÇA!
Magnifíco insight!
ResponderExcluiramei...de vez em quando a gente sofre umas marteladas interiores que temos que colocar pra fora de alguma maneira...até dando umas marteladas em algumas cabeças...kkkkkk bjs!
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